Como administrar minhas finanças em tempos de Coronavírus – 1 de 3

Vamos contar nas próximas 3 notas algumas opções para você administrar seus fundos, seu trabalho e sua atividade de e-banking no momento em  que #EuFicoEmCasa é a regra a seguir. Como sempre, estamos com você para ajudá-lo no que precisar: Hoje falamos do impacto da COVID-19 na economia latino-americana.

A COVID-19 (ou coronavírus) é de contexto mundial, o que significa cuidar de nossos idosos ou pessoas com condições pré-existentes, manter o isolamento em alguns casos e em todos, a distância social para evitar que o vírus se espalhe mais rápido. Mas, o que acontece com a atividade econômica e os mercados?

Segundo um relatório da consultora Mercer, o crescimento mundial será afetado durante os primeiros meses do ano, para depois se estabilizar ou inclusive se recuperar conforme passe o ano e a situação se modere. É importante destacar a rapidez com a qual se está dando uma resposta científica à pandemia: o vírus foi detectado em apenas um mês e já há dezenas de centros de pesquisa trabalhando em diversas formas de tratamento, o que nos faz pensar que, apesar de hoje a situação ser crítica, estamos a caminho de resolvê-la.

Há problemas específicos para os países exportadores que dependem em grande medida das vendas à China, país onde a crise começou e está a caminho de ser contida. Todos os países exportadores dependem em diferente medida do gigante asiático, dado o volume de sua economia. Tal é o caso do Chile, com as exportações de cobre (81%), ou do Brasil, para quem quase um terço das exportações de ferro vão para o país asiático. Para a Argentina, a China é seu segundo cliente em termos de volume de exportação e 92% da produção do setor agroindustrial vai para este país.

Segundo referencia Mercer, Goldman Sachs calcula que uma queda de 10% nos preços das matérias primas reduziria em 1,3 pontos percentuais o Produto Interno Bruto do Peru e uma quantidade similar do PIB do Chile, enquanto que uma diminuição de 10% nos volumes de exportação à China reduziriam 0,34 pontos percentuais o PIB do Brasil.

Claramente esses movimentos também afetam o mercado das criptomoedas. Tal como escreve o CoinTelegraph no dia de ontem (16 de março): « o preço do Bitcoin (BTC) se recuperou  acima da barreira de US$ 5,000, enquanto os mercados de valores nos Estados Unidos viram seu pior dia desde 1987. Os mercados tradicionais fecharam 13% mais baixo que no dia anterior, destacando a gravidade da crise atual, mas pelo momento, pelo menos, o Bitcoin se mantém. »

As crises também são oportunidades e a expectativa a longo prazo é que a economia em geral se recomponha. Apesar de hoje não ser um dia para liquidar ativos, pode ser uma grande oportunidade para adquiri-los. O preço do Bitcoin hoje apresenta uma janela de negócio para quem apostar na alta a longo prazo. Como vimos, em relação ao mercado financeiro tradicional, o Bitcoin continua se mantendo. Apesar da queda destes dias, é uma ferramenta confiável que perdeu menos em relação às ferramentas de investimento tradicionais. Além disso, as cripto já atravessaram várias crises econômicas nos últimos anos e, como analisamos nesta nota, sua rentabilidade demonstra que são um bom investimento a médio e longo prazo. Finalmente, você não precisa fazer grandes investimentos para comprar criptomoedas, você pode comprar investindo a partir de US$30.

Em tempos de crise é preciso ser calmo, olhar a longo prazo e não tomar decisões sob pressão. Mas saber detectar as possibilidades que se abrem diante da nova conjuntura.

Nos comentários abaixo, conte para nós o que você pensa a respeito.

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